POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

quarta-feira, abril 14, 2010

KATHLEEN EVELYN MULLER — Nascida em Curitiba, PR, (01/07/1950). Licenciada em Música (FEMP) 1971. Especialista em: Musicoterapia e EED Mental. Habilitação: Neurologia e Terapia da Fala. Atuou no ensino fundamental, médio e superior. Musicista, poeta, compositora, é membro da UBC, AMTR-PR, do Centro de Letras do Paraná, Sala do Poeta da Academia Paranaense da Poesia e do Centro Paranaense Feminino de Cultura. Preletora de palestras, cursos e oficinas continua seu trabalho no afã de despertar o senso humanitário, resgatando os valores pessoais pela conscientização e introspecção que procura gerar através de suas obras literárias e musicais. Obras: Plexo Nexo do meu verso; Isto sim é viver; Rebuscando; Utopia a que preço; Essa trovomania pega; Expressão da Arte Musical; Coleção Leitura Inteligente: Amplie o pensamento; Detone a imaginação; Alegria: Musicalização infantil.

FAZENDO A DIFERENÇA

© KATHLEEN EVELYN MULLER

Somos “músicas” no universo;
Por sutilezas, movidas,
Redigimos cada verso:
... Maestros de nossas vidas!

Regemos a melodia
Com diferentes talentos.
Arquitetando com harmonia,
... Tocamos os sentimentos!

Ressoando nesta bonança,
Em perfeita sincronia,
... Da orquestra, o som profundo,

Jaz mais bela sinfonia
Agora, no palco do mundo:
... Vem fazendo a diferença!


MARI REGINA RIGO — É natural de Porto Alegre. Reside em Canoas, onde atua como professora municipal a mais de 25 anos. Graduada em Letras pelo Unilasalle. Concluiu o Pós Graduação em Leitura e Produção Textual na mesma Universidade, em 2007. Primeira secretária da Casa do Poeta de Canoas, Desde sua Fundação até 2007. Participou da I, II, III e IV Coletânea de Poesia Crônica e Conto da Casa do Poeta de Canoas e organizou, juntamente com mais duas associadas da entidade, a I Coletânea de Poesia da EJA(Ensino de Jovens e Adultos) à partir de Oficinas de Poesias ministradas em três escolas municipais. É integrante do Conselho Municipal de Cultura de Canoas.

SINAIS

© MARI REGINA RIGO

No mundo da poesia
Todos nós somos iguais.
Loucos de amor
Mas só mostramos os sinais.

Nos alimentamos de quimeras
E assim vamos atravessando
Várias eras.

Nascer e viver, sonhar e amar
Lutar para merecer
Crer e sobreviver.

Para dizer que a lua é tua
É só passear pela rua
De mãos dadas com seu amor

As palavras são apenas sinais
De sentimentos iguais
À todos os mortais.

Homem, poeta e trovador.

MARIA SANTOS RIGO — Nasceu em 06/05/1936, em Triunfo- RS e reside em Canoas/RS. Participou do Curso Teologia Popular na Essef- Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana. Co-fundadora e presidente da Casa do Poeta de Canoas. Participou das coletâneas da Capori - Casa do Poeta Rio-Grandense. Como Presidente da Poebrás Canoas idealizou e realizou vários projetos como: a I, II, III e IV Coletânea da Casa do Poeta de Canoas - Poesia Crônica e Conto, em 2003, 2005, 2007 e 2009; “Poesia no Ônibus” com a SMTP - Canoas e a empresa Sogal; Grupo de Teatro da Casa do Poeta de Canoas. Lidera encontros, saraus, caravanas culturais, participação em feiras de livros, entre outras atividades afins.

MULHER, SIMPLESMENTE MULHER

© MARIA SANTOS RIGO

Mulher é aquela
Que leva seu filho na escola
Que ama, trabalha e chora.

Que se alegra a cada vitória.
Faz de uma refeição um banquete
Com um simples pedaço de pão.

Que ao redor da mesa
Com a família unida
Reza uma oração.

Pedindo a Deus
Que nunca falte um tostão.

Pois seus valores são apenas
Amor e união.

MÁRIO CALLEGARO — O poeta José Mário Callegaro nasceu em Jaguari, RS, no ano de 1961, mas vive em Rosário do Sul com seus familiares, atuando como empresário do setor de alimentos. É formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria mas desde a juventude cultiva o hábito da leitura e amor pelas letras, especialmente a poesia. Escreve seus poemas que já foram publicados na coletânea dos poetas de Rosário e participa como associado da Poebras Rosário do Sul, a Casa do Poeta Rosariense. Neste momento apresenta duas poesias de sua autoria.

A CIDADE DE OURO (LOPPIANO)

© MÁRIO CALLEGARO

Despontou na colina
a cidade de ouro
Cada um que ali vinha
era pobre
só tinha consigo
sua vida
Mas a lei da cidade de ouro
dizia que a vida devia perder
E quem dava sua vida sem nada pedir
ganhava mil vidas
e a cidade de ouro crescia...
A lua tornou-se mais clara
O sol com seus raios tornava mais bela
a cidade de ouro
No silêncio da noite ouvia-se o murmúrio
era o vento
passou sibilando entre as casas de tábuas
também ele queria saudar
a cidade de ouro
e a cidade de ouro crescia...
Quem ali se hospedava
saía tocado com a dança
com a música leve que via espontânea
nos rostos contentes
E assim, a cidade de ouro
crescia , crescia, crescia...
A colina que era pequena
tornou-se montanha.


MÁRIO FEIJÓ — É artista plástico e escritor: tem dois livros na praça... 2007 - PERMITA-SE... 144p. Ed. Secco com poemas e o de 2009: Os Filhos da Enxurrada, 160p. também com poemas e vinte desenhos ilustrados (em grafite). Em julho de 2009 lança em Portugal pela World Artes Friends Design o livro de poemas A Magia do Amor. Participa ainda da Antologia dos Escritores do Litoral Norte, através da Academia dos Escritores do Litoral Norte do RS (no prelo); Antologia Dellicatta IV/Itaú cultural (no prelo e será lançada em set./09); Caderno Literário, v. I, Sandra Veronese (org.), Ed. Pragmatha, Mário Feijó. As borboletas não deixam marcas nas flores, p. 95, 2008, 140p.; Caderno Literário II (no prelo); Poetas Del Mundo em Poesias V. I, Ed. Gibim, Campo Grande, 2008, 207p.; Poetas Del Mundo V.II. Ed. Gibim, GRUPO AGUIA, I ANTOLOGIA, Porto Alegre; Poeta Mostra a tua cara, Antologia do XVII Congresso Brasileiro de Poesia, Bento Gonçalves, out. 2009, entre outros...

SENHOR DOS VERSOS

© MÁRIO FEIJÓ

Era tão belo aquele menino
Alma de criança travessa
Que pulava sobre pedras
Transformando-as em versos...

Em meus sonhos por vezes
Ele se torna um deus grego
E com sua cítara sai por aí a fazer versos
Ao mesmo tempo em que flecha corações...

Não queria acreditar em seu poder, o menino,
Tampouco sabia ele que produzia pérolas
Encantando a todos – alguns dos simples mortais
Transforma ele em estátuas de mármore...

Quisera eu poder transformar o encanto
Correr pelas ruas em pranto e perdoá-lo
Foi-se embora o menino... fez-se homem
E levou todos os meus versos...


MARLY FELICIANO TAMANI — Nascida na cidade de Marília, interior do estado de São Paulo, em 30/06/1941. Vim para São Paulo, capital no ano de 1963 e aqui me radiquei no bairro do Ipiranga onde me casei. Formação superior na área de humanas, funcionária pública da subprefeitura do Ipiranga na área administrativa desde 1990, participante ativa em atividades culturais do bairro onde exponho meus trabalhos em bibliotecas, casa de cultura, "Céu Menino", e saraus em casa de amigos. Comecei a escrever pequenos textos e algumas poesias ainda quando adolescente, fase de muitos sonhos e esperanças, que ainda conservo. Possuo por volta de 300 textos, entre artigos, contos, frases, pensamentos, duetos, acrósticos e outros. Membro da CAPPAZ, confraria de artistas e poetas pela paz, como Presidente Seccional São Paulo desde 2008. Site onde também publico meus textos:
www.marlyftamani.recantodasletras.com.br

À SOMBRA DA SAUDADE

© MARLY FELICIANO TAMANI

Veio no entardecer daquele dia,
chegou arredio e meio calado,
em seus lábios eu pressentia
um sorriso tímido disfarçado

me olhou como se olha o mar
como se visse somente o infinito,
transparecia saudade no olhar,
imenso carinho no rosto bonito

me abraçou em delirante procura,
na avidez de corpos em tormento,
como se aquilo não fosse loucura

e ali à sombra daquela saudade
intensamente vivemos o momento,
sem pensar se o amor tornaria verdade

NEIDA DA COSTA ROCHA — Nasceu na Vila Harmonia, em Canoas/RS, no dia 1º de fevereiro de 1954. Aquariana com ascendente em Peixes. Filha de José Lopes da Rocha e Tereza da Costa Rocha, criada entre dois irmãos (Nei e Sidnei). Sua adolescência foi diferente da maiorias das meninas, pois em 1966, aos 12 anos sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus e em conseqüência, parada cardíaca,o que deixou cicatrizes em seu corpo e sua alma. Aos 18 anos foi Rainha do Colégio Comercial Protázio Alves. Na Páscoa de 1973 seu irmão (Nei) passa pela transição. Aos 19 anos iniciou a Faculdade de Nutrição (Unisinos/RS) o que interrompeu para casar. Em 1977, grávida, mudou-se, com o marido, para Blumenau/SC. Em 1978 deu a luz ao seu primeiro filho, Oliver Ney. Em 1980 escreveu poema PÁSCOA em homenagem ao irmão falecido. O poema foi publicado no Jornal Correio do Povo (Porto Alegre/RS), iniciando assim, sua vida literária. Em 1987 deu a luz ao seu filho, Otávio Luis. Aos 45 anos retomou os estudos, aos 50 anos concluiu a Faculdade Letras (Português/Inglês) e aos 53 Pós Graduação (Língua Portuguesa) - FURB/SC. Eterna Buscadora, é Rosacruz, foi Mestre e Monitora Regional em SC. Em 2000 sua mãe sofreu um AVC e perdeu o movimento do lado direito do corpo e 80 % da fala. Em 2006, os pais visitaram a filha para o casamento de Oliver. Seu pai, que cuidava de sua mãe, passou pela transição, em Blumenau, 5 dias antes do casamento do neto. Em 2007 abandonou um casamento de 32 anos e por isso alterou seu nome literário (Neida Wobeto). Após 30 anos residindo em SC, retornou a sua terra Natal e alia as tarefas de cuidar da mãe com a prática literária.

SOLIDÃO COLETIVA

© NEIDA DA COSTA ROCHA

A Humanidade está Só...
O Ser Humano carente
grita por socorro.
A solidão contagiou o Planeta.
O grito silencioso
ecoa pelo Cósmico,
abafando a Música das Esferas.
O Sistema cria seres doentes
para depois receitar calmantes.
Os Pensadores estão morrendo.
Os jovens estão dormindo,
acalentados pelas drogas.
Os alunos são “formados” pelo Sistema,
sem questionamentos,
vítimas da Matrix Social.
A certeza da Morte
é camuflada
pela incerteza da Vida.


NELSI INÊS URNAU — É escritora em vários gêneros. Sócia da Casa do Poeta de Canoas e da UBE. Premiada em diversos certames literários e participante de várias antologias, possui 4 obras individuais editadas: Romance “Loucos não insanos”; opúsculo “In quietude”; e os infantis “Zé Toquin” e “Cecília e Amigos”. Em edição o Romance “Asas Livres”, vencedor do Prêmio Álvaro Maia de Manaus/2008.

BUSCAS

© NELSI INÊS URNAU

Busquei lá fora, um dia,
uma vida inteira...
Busquei sem saber,
o que mesmo eu queria...
Busquei e corri mundos,
travessias, desertos profundos,
tantas realidades, tantas verdades
não parei de procurar.

Busquei cá dentro um coração
e não consegui defini-lo...
Não sei o que é
a alma, o espírito.
Caminhei léguas sem fim
e me perdi de mim...

Ainda caminho,
navego, vôo, corro,
paro, descanso, medito...
Contudo,
ainda a incerteza
de ter, um dia,
tudo o que busco e que busquei.

RAUL POUGH — É um poeta paranaense, de umbigo pontagrossense e alma gaudéria. Apaixonado pela literatura minimalista, sua praia são os poetrix, os haicais, os tercetos, os dísticos, os epigramas e as combinações de tudo isso. Poemínimo, textículo, poema-minuto, poema-miojo, não importa o nome que se dê a estes escritos onde o autor usa e abusa dos vícios e figuras de linguagem, especialmente da ironia, das metáforas, dos trocadilhos, beirando - quase via de regra - a marginalidade. Seus textos são breves, precisos e certeiros - a marca da concisão. Como diria Cláudio Feldman, para ler na escada rolante. Já tem um livro lançado (2008), o “SÍNDROME DE HIPOTENUSA - Poemínimos” e também publica seus textos na internet e antologias. É superfã de Paulo Leminski.

OVERBOUQUET

© RAUL POUGH

deixou as três
esperando no altar; e
voou para sevilha


RÔ LOPES — Meu nome é Rosângela Lopes Bezerra, sou uma pessoa simples, guerreira, amante da natureza da arte e das letras.
Sou formada em Administração Publica e de Empresas pela Faculdade Anhanguera de Ciências Humanas e Letras (Especializada em Administração Pública). Após um tempo senti necessidade de realizar o meu sonho – ser advogada. Fiz o curso de direito pela Universidade Católica de Goiás (Pós-graduada em civil e processo civil , Direito Eleitoral e especialista em Direito do Consumidor) Abracei com carinho este oficio de operária do direito e é com de paixão e ética que milito até hoje. Amo a arte e a poesia... Escrever é um presente dos céus. Tudo que vivi, vivo e presencio em vivencias outras, lanço no papel. Tudo que vem na alma eu pego meus companheiros (uma caneta com tinta preta e uma caderneta) e vou soltando as palavras.
Fui agraciada em ter por ter alguns textos publicados na Antologia Alimento da Alma, sou membro corresponde da AILA – “Academia Itapirense de Letras e Artes” e diplomada na coluna Destaque 2008/2009 como escritora e poetisa, intitulado “Estas Mulheres Maravilhosas” e “Personalidades” na cidade de Taubaté-SP, berço de Monteiro Lobato. Quero prosseguir neste mundo literário... É meu sonho... É um lirismo... É uma vida Minha nova história começa aqui. Uma escritora/poetisa.

DIVAGANDO TERNURA

© RÔ LOPES

Elevei meus olhos
Que divagaram pelo infinito
Tentando inspirar de
Uma única vez
Toda ternura das estrelas

Fui tocada por sublime
Brisa com perfume de
Alecrim

E envolta no clarão da lua
Entreguei-me ao momento
Que eternizou em
Minutos sem fim

Tão amada senti...
Que a solidão que
Tanto atormenta
Junto ao pássaro
Do amor que acalenta
Desfrutou deste
Carinho junto a mim


ROSÂNGELA DA SILVEIRA COELHO — Nascida em Curitiba/PR aos 21/04/1959, é formada em Matemática pela PUC/PR em 1988. Exerceu diversas atividades administrativas. Aposentada pela Caixa Econômica Federal em 2006. Atualmente faz trabalhos em arte digital como web designer, paixão que floresceu a partir de 2003. É a editora e responsável pela criação de arte digital do site www.cappaz.com.br
Não é uma poetisa, escreve apenas quando seu coração assim o quer.
Recebendo incentivo de pessoas com muito talento, como J.Jota, Regina Coeli e Joyce Krischke, decidiu publicar seus textos.

ESTOU ENAMORADA

© ROSÂNGELA DA SILVEIRA COELHO

Estou enamorada...
Enamorada pela lua,
pelo sol e mar
Enamorada pela vida.

Estou enamorada
Pelo olhar amigo
Pela beleza da flor
E em seus braços me abrigo
Transbordando amor

Encantos do infinito
Me aquecem o coração
e assim me transportam
Para um mundo de emoção

Estar enamorada traz paz
Traz alegria e contentamento
Nos une na magia do amor
E num só pensamento

ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS — 39 anos, natural de São Caetano do Sul – SP. Formação na área de informática, curso Superior em Tecnologia em Informática (Análise de Sistemas) pela FIAP Faculdade de Informática e Administração Paulista. Cursou disciplinas na área de exatas do curso de Mestrado em Biotecnologia pela UMC – Universidade Mogi das Cruzes em 2005 e 2006. No espaço Haroldo de Campos de Literatura e Poesia – Casa das Rosas participou de grupos de poesia, curso de férias de literatura alemã Gotte e Schiller. Possui cursos extra curriculares na área tecnológica / administrativa e outros dentre eles literatura Português/Inglês e idiomas espanhol e alemão; música e visa a educação como um dos fatores principais para o desenvolvimento e progresso de uma nação.

UIRAPURU

© ROSANGELA DE OLIVEIRA SANTOS

Minha alma chora como cascata
Num torrencial de amor
Como o doce cântico do
Uirapuru
Que versa fortemente em seu
Canto nas matas
A saudade de quem muito
Amou


RUY BERRIEL SOARES — Nascido no ano de 1929 em Rosário do Sul, filho de Fabiano Berriel e Amélia Berriel Soares, casado com Núria Prates Berriel, pai de Rogério Prates Berriel e Luciana Prates Berriel. Concluído o segundo grau, fez curso técnico de Contabilidade na escola de Comércio Visconde do Mauá em Rosário do Sul. Ingressou no Banco do Comércio, em 1950, onde trabalhou até 1955, quando pediu demissão para trabalhar no Banco da Província, em Porto Alegre, na matriz, onde ficou durante 2 anos até conseguir transferência para a filial de Rosário do Sul. Em função da fusão dos bancos aposentou-se por tempo de serviço em 1977, pelo banco Sulbrasileiro. Uma vez aposentado dedica seu tempo, além das tarefas indispensáveis, ao saudável hábito de leitura de conteúdos diversos, como ficção, poesias, crônicas, contos e outros gêneros literários. Passa então a escrever, tendo preferência por versos rimados e poesias temáticas. Participou do livro antologia poética Poetas de Rosário do Sul e do volume 6 de Poeta, Mostra a Tua Cara. É colaborador do jornal Folha Rosariense. É filiado na POEBRAS Rosário do Sul, a Casa do Poeta Rosariense, onde participa de eventos literários.

LEI UNIVERSAL

© RUY BERRIEL SOARES

Os galos estão cantando
É o raiar de um novo dia
Para uns é o fim da linha
Para outros a vida inicia.

Os galos estão cantando
Um novo dia vem raiando
O mundo sempre girando
E a vida se renovando.


VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO — Nasceu na década de 50, formada em Direção teatral pela Universidade Federal da Bahia, cursou licenciatura em Desenho na Escola de Belas Artes da UFBA. Professora de teatro aqui e em 1984 no Panamá. De volta ao país amado, trabalhou como figurinista de Escola de Teatro, onde fez inúmeras maquiagens, figurinos e adereços. Participou de varias exposições coletivas e individuais, teve participação no IX Salão Fasc de artistas plásticos em Aracaju-Se. Nos últimos dez anos como figurinista da Escola de Dança da UFBA. O artista plástico faz poesias, seguindo este gênero publiquei poesias no jornal Lê Baguette da Aliança Francesa, colaboradora literária da revista cultural Artepoesia. Este ano participei do livro Ecos Machadianos, coletânea verso e prosa, tive participação com a poesia Salvador no Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus. Tenho duas poesias na Antologia Delicatta IV prosa e verso.

MEU POVO

© VARENKA DE FÁTIMA ARAÚJO

Escuta, preste atenção
Ainda que especule meu coração
Ainda que a noite me examine
Encontrarás um imenso amor

Pelo pulmão que é Amazonas
Que é nossa, devemos preservar
Pelo nossos irmãos da região árida
Que imigram para outras ricas
Oferecendo mão de obra a erguerem Brasília

Pelos nosso São Paulo que é o coração
Pulsando no chamamento por nossos irmãos
Onde acontece tudo para o engrandecimento
Pelo Rio Grande do Sul com sua beleza
No progresso e ordem pelo Brasil


VLADIMIR CUNHA SANTOS — O poeta Wlady -Vladimir Cunha Santos – nasceu em Rosário do Sul, RS, em 1964. Iniciou sua carreira nas letras em 1979, colaborando em jornais locais e regionais, e escreveu seu primeiro livro em 1980, quando estudava em Pelotas. Cursou o Magistério e começou estudos de Letras na Unisinos. Durante 3 décadas fundou e dirigiu vários jornais periódicos nas cidades da fronteira-oeste do RS, atuando como repórter, colunista, publicitário e administrador. Viajou por vários estados do Brasil e países como Portugal, Espanha, França, Argentina e Uruguai, na busca de novos conhecimentos e experiências. Colaborou com sua comunidade atuando como dirigente de entidades empresariais e culturais. Exerceu o cargo de Secretário Municipal da Indústria e Comércio de Rosário do Sul. É membro da Casa do Poeta Riograndense e da Poebras, sendo fundador e presidente da Casa do Poeta Rosariense. Possui o blog http://wlady.zip.net

DISPLICÊNCIA

© VLADIMIR CUNHA SANTOS

Tudo que penso é momento
momento de divagação
tudo que sinto é tormento
tormento da percepção.

Mundo... complexo abstrato
Vida... absurdo evolutivo
Morte... lucidez inconsciente
Amor... sexo iludido.

Tudo que penso é presente
Futuro é imaginação incerta
Passado é retornar o momento ausente.

Tudo que sinto e contemplo
Tudo que paira na mente...
Mero acaso displicente.


TEREZINHA MANCZAK — Tecelã, poeta, cronista e produtora cultural. Mora em Blumenau, SC, Brasil. Faz parte de várias coletâneas nacionais e é autora dos livros "Resgate da Emoção" (esgotado) e "Céu de Sagitário - Antes e Depois da Paixão". Editora do Projeto Palavras Azuis, Antologia em Prosa&Verso, já no quinto volume e da Revista Palavras Azuis, veículo de divulgação cultural. Sócia fundadora da Sociedade Escritores de Blumenau, sendo a atual vice - presidente. Autora do Portal CEN, foi vice - coordenadora do 3º Encontro de Escritores Luso-Brasileiros, Blumenau SC/ em 2008. Pertence também à Rebra e é Cônsul de Poetas del Mundo de Santa Catarina.

DE HUMANOS E DEUSES

© TEREZINHA MANCZAK

o sangue verte
aragens
vertigens
plasma e memória
dos tempos

timbrados papéis
calendários
vaivém dos ventos
tempestades
silêncios

carne impressa
em ventania
lentidão
ruídos e
cordames podres

ossos e hóstias
repartem o corpo
nervos estilhaços
construção
contemplação e ócio

II

inda não é hora
de acordar os deuses
cá na terra
comemos o barro dos dias
pecamos
orgásticos e pobres
caminhamos
para o nada

não sabemos prover
o vazio das lacunas
cegamos o sol
com a beleza pragmática

de maneira
inverossímil
suburbana e tática
agonizamos
sob o tédio das heranças
e a mesmice prática

III

tudo é vão, tudo é via,
por sobre os muros ,
a laje inerte das precariedades
ousamos silenciar
quando o grito é tudo
somos fracos e míopes
num país de surdos.

IV

mornos e úmidos
como a boca da noite,
engolimos as horas
de um vidro quebrado,
espelho partido.

V
procuramos respostas,
o verso perfeito,
descobrimos:
nada tem sentido,
contrário,
quando assumido.


ESTHER FUJISAWA — Poetisa gaúcha, filha de Walter Sant’Anna Nunes e Haydée Moretti Nunes. O pai, poeta, jornalista e funcionário público, e a mãe, professora, muito a incentivaram ao mundo das Letras. Esther é poliglota, estudou vários idiomas: inglês, francês, árabe, italiano, japonês, espanhol, além de latim e português. Participa de mais de trinta obras. É ativa participante da Alpas XXI, da Casa do Poeta Rio-grandense, da União Brasileira de Escritores, da Associação de Escritores e Jornalistas do Brasil, da Casa do Poeta de Esteio, o Grêmio Literário Castro Alves, da Academia de Ciências, Artes e Letras Castro Alves, da Fundação de Educação e Cultura do Sport Clube Internacional, da Academia Literária Gaúcha, do Museu Carlos Gardel, da Confraria do Bolero e do Pátio de Tango. Em 2003 recebeu o “Troféu Bandoneón”. No Japão tem contato com o Hai-Kai e participa do Festival de Tanabata em Hiratsuka. Integra a Casa do Poeta de Espanha. Confraterniza com poetas em Londres e Paris. Em 2005 foi indicada para ser a cônsul da Nicarágua no RS. Em 2006 foi elevada a Consul do Movimento Poetas del Mundo pela embaixadora Delasnieve Daspet. Em 2008, organiza o concurso Poesia no Ônibus na cidade de Esteio, juntamente com o poeta Jauri Machado.

CABIDE

© ESTHER FUJISAWA

Sob a luz do leste
Vi descer tua sombra
Claro-escura
Desajustada

Fio de sangue esquecido
Que almas acanhadas
Bebem, escondidas na noite

Verdades-mentiras
Inconstância,
Suprema sabedoria
Ombros carregados
Benditos fardos

Espesso vulcão de silêncios
Derrama a lava da vida
Sobre
Os ombros da morte.