POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

quinta-feira, abril 08, 2010

ANTONIO SOARES (António Filipe Sampaio Neiva Soares) — Nasceu na freguesia de Mar, concelho (município) de Esposende - Portugal. Tira cursos superiores em Braga e Coimbra. De 1961 a 1968, leciona em colégios de Fátima e colabora em jornais: Fãogueiro; Cávado; Correio do Minho; Diário do Minho; Jornal de Barcelos; Voz do Minho; e outros. Alguma coisa na revista 4 ventos. Funda em abril /1963 o jornal quinzenário Fátima; publica seus primeiros livros de poesia: Oblíqua da vida; Silêncios de esfinge; Estátua de silêncios; e Quotidiano; Cultura e poesia (ensaios). A tragédia O filho dos montes sai em 1966. Em 1968 edita Poesia 67 e Cruz da Santa.
Em 1968 embarca para Angola onde permanece até 1975, salvas breves estadias em Timor e Luanda. Continua colaborando em jornais diários e periódicos e nas revistas Convivium e Aretê, por ele fundadas. Edita seus livros Namoro tropical, Lendo e comentando e as coletâneas Antologia Poética e Angolana. Em 1975, inicia a regência da cadeira, então criada, de Literatura Angolana, na Faculdade de Letras de Luanda/ex-Sá da Bandeira. Para a regência dessa cadeira edita mimeografado a obra Apontamentos de literatura angolana que teve imediata aceitação e serviu de base para outros autores.
Em 1975 é nomeado Leitor pelo Instituto de Alta Cultura, hoje Instituto Camões, órgão governamental português, para a PUC, Porto Alegre. Aqui continua os estudos e tira: Especialização em Psicologia Social ; Especialização em Psicologia da Personalidade; Mestrado em Psicologia Educacional ; Doutorado em Psicanálise Social ; Doutorado em Teoria e Crítica Literária. Em abril de 1979 funda o Instituto Cultural Português. Em 1982 ingressa na Universidade Estadual de Campina Grande/Pb onde, em 2004, se aposenta como professor titular. Entretanto vai editando livros, revistas, jornais e coletâneas. Seus últimos livros de poesia: Cá estou!; Jasminando; Poemas hoje; Insônia; Marasmo; e Rumor astral.. Ainda Um destino chamado Raquel, de contos e Crônicashoje. No momento edita as revistas Psi - Revista de psicanálise, psicossomática e psicoliteratura, Belezas Serranas e CAOSótica, do “Grupo15 Renascidos” a que também pertence. Em julho lançará a Revista Açores.

A FADA NOS SANGRA

© ANTONIO SOARES

A mão da fada esbanja-me o poente
e nessa raiva fervem-me os sentidos
Olhando eu a sentia acalentar-me
como faminto que rouba minha cruz
ou distância que apaga meu presente
ou doridas papoulas imitando
a suave ternura do pecado

As sereias dentando minha alma
contavam dum ulisses aromático
e duma velha moça marilin
Ela um quichote impondo a nova fama
Ele uma rosa que amesquinha o dólar
E nisto se decifra história de hoje
Só bunda e farsa tem valor e vez

O poente lá está na mão de fada
salitra intimidades que são minhas
Meus olhos babujantes pensam jaulas
e nelas meu futuro está dormindo
Pois há sempre um messias que avermelha
a devoção errônea dos fantasmas
O meu futuro a fada está sangrando

2 Comentários:

Anonymous Rossana disse...

Parabéns, Antônio soares vc é sempre brilhante,maravilha este poema, um grande abraço. Rossana Figueiredo

12:04 AM  
Anonymous Rossana disse...

Parabéns, Antônio soares vc é sempre brilhante,maravilha este poema, um grande abraço. Rossana Figueiredo

12:05 AM  

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