RICARDO S. REIS — Ricardo Sant’Anna Reis, 48, carioca, professor de sociologia e ciência política. Atua em projetos sociais de capacitação profissional e educação, sempre objetivando a ampliação da justiça social. Escrevendo desde jovem, só agora, com o estimulo do movimento dos poetas sem editores (que transformou a Internet, numa ativa trincheira), resolveu mostrar-se à luz do sol e da lua. Como poeta, gosta de versos livres, embora passeie por diversas linhas da poesia, nas quais procura se aprofundar. É admirador de Rilke, Alan Poe, Geir Campos, Leminski, Pessoa, João Cabral, Ana Cristina Cezar, Drummond (mestre e influência confessa), entre outros bons poetas consagrados, além de inúmeros poetas seus amigos contemporâneos, que militam pela afirmação da sensibilidade poética como instrumento de transformação do homem em nossa sociedade. Gosta de música clássica e da boa MPB, de vinho tinto, de filosofia, especialmente Nietzsche, de Machado de Assis, Joyce, de psicanálise, ama o mar e o caminhar por trilhas da Mata Atlântica. Suas frutas preferidas, são o Caju e a Lima da Pérsia. Ama muito seus quatro filhos, o Rio de Janeiro, as pequenas e as grandes cidades do Brasil e do mundo, que abriguem a arte e promovam a horizontalidade da experiência humana. Está preparando o primeiro livro.
LINGÜÍSTICA
© RICARDO S. REIS
A poesia é proverbial e de grande serventia,
por explicar a afeição, dotar de asas a rebeldia,
aquilatar o que se vê, dar valor ao que se cria.
O amor, só se entende, longe da monotonia,
e o poeta tem por ofício recolher a tais emoções.
Tanto que, dos confins da terra, vai ao céu,
atrás de musas quietas, em busca da parceria,
das airadas marias, sejam elas, mulheres belas,
sejam as feias, ou as etéreas,
e, ainda, aquela tão linda, que, por augusta, passeia,
num mafuá de província, em roda no carrossel.
A mulher, por mais que seja triste
mirrada ou pequena, é musa,
e tem o seu vate que a proclama em poema.
Ele, andarilho, vem da região do encanto,
verter-lhe o sumo da vida, trazendo o amor por dístico.
É por isto que a poesia, em tudo que fala, amplia,
faz de um simples beijo, um verso, algo muito mais
do que corpo, do que sexo, do que lânguido,
algo, por assim dizer — lingüístico.
3 Comentários:
Gostei da iniciativa... gostei dos poetas... gostei do que li... abraços
Meritório sempre de aplausos, Baccamigo.
Vamos juntos
www.luizalbertomachado.com.br
POETAS É SEMPRE DE UMA MAGIA ...ETERNA.
PARA SER POETA BASTA APENAS VIVER AS PALAVRAS.
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