ALCIDES BUSS — nasceu na localidade de Ribeirão Grande, atual município de Salete, no Alto Vale do Itajaí, em 1948. Com a família, morou em outras cidades de Santa Catarina e do Paraná, até fixar-se em Joinville, onde teve um papel de destaque na gestão cultural e na criação de projetos de resgate e circulação da cultura popular. Em 1980, transferiu-se para Florianópolis, onde assumiu a função de professor de Teoria Literária na UFSC.
Começou a publicar em 1970, com a edição de Círculo quadrado, paga com seus próprios recursos. Depois, foram outros 19 livros, quase todos de poesia, à exceção de dois títulos para crianças (Poesia do ABC e Pomar de palavras) e de volumes que ele organizou, como a “Antologia do Varal Literário”, de 1983. Publicou pelas editoras Lunardelli, Noa Noa, Mercado Aberto, EdUFSC, Letras Contemporâneas, Insular e Cuca Fresca.
A carreira promissora pôde ser antevista com o primeiro lugar obtido no I Festival Catarinense de Poesia Universitária, promovido pelo DCE da UFSC em 1971. Depois, entre outros, ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1989, e as medalhas Caio Prado Júnior e Manuel Bandeira, ambas da União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro, em 1994 e 1996, respectivamente. Por fim, foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2000, com Cinza de Fênix e três elegias.
Além de organizar uma das primeiras oficinas literárias do Brasil, quando chegou à UFSC, Alcides Buss deu oportunidade aos jovens ao criar o varal literário, que constava da apresentação de poemas em forma de varal, em diferentes locais da cidade – idéia imitada depois em outros estados brasileiros. Foi presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, criou o Movimento de Ação do Livro (volumes que circulam de mão em mão), dirigiu a seção catarinense da União Brasileira de Escritores e desde 1991 é diretor da EdUFSC, que tornou uma das mais ativas editorias universitárias do País.
Obras publicadas: Círculo quadrado (1970), O bolso ou a vida? (1971), Ahsim (1976), O homem e a mulher (1980), Cobra Norato e a especificidade da linguagem poética (1982), O homem sem o homem (1982), Antologia do varal literário (Org. 1983), Sete pavios no ar (1985), Pessoa que finge a dor (1985), Segunda pessoa (1987), Transação (1988), A poesia do ABC (infantil, 1989), O professor é um poeta (Org., 1989), Contemplação do amor – vinte anos de poesia escolhida (1991), Natural, afetivo, frágil (1992), Nenhum milagre (1993), Sinais/Sentidos (1995) Cinza de Fênix e três elegias (1999) Pomar de palavras (infantil, 2000), Contemplação do amor – trinta anos de poesia escolhida (2002) e Cadernos da Noite (2004).
PÓS-MODERNO
© ALCIDES BUSS
O que falta dizer
depois do adeus?
A alma, qual roseira
no deserto, reconhece
a algema de sal
que prende o algoz
a si próprio.
Um resíduo de luz
assinala um desejo,
a flâmula dum erro,
um frêmito
nas cordas vocais.
Eu, tu, nós:
rumamos para onde menos dói
estar na esteira dos fatos.
Se pudéssemos, lentamente
deixaríamos tudo como era
e lembraríamos as coisas
como quem adormece.
Começou a publicar em 1970, com a edição de Círculo quadrado, paga com seus próprios recursos. Depois, foram outros 19 livros, quase todos de poesia, à exceção de dois títulos para crianças (Poesia do ABC e Pomar de palavras) e de volumes que ele organizou, como a “Antologia do Varal Literário”, de 1983. Publicou pelas editoras Lunardelli, Noa Noa, Mercado Aberto, EdUFSC, Letras Contemporâneas, Insular e Cuca Fresca.
A carreira promissora pôde ser antevista com o primeiro lugar obtido no I Festival Catarinense de Poesia Universitária, promovido pelo DCE da UFSC em 1971. Depois, entre outros, ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1989, e as medalhas Caio Prado Júnior e Manuel Bandeira, ambas da União Brasileira de Escritores, seção Rio de Janeiro, em 1994 e 1996, respectivamente. Por fim, foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2000, com Cinza de Fênix e três elegias.
Além de organizar uma das primeiras oficinas literárias do Brasil, quando chegou à UFSC, Alcides Buss deu oportunidade aos jovens ao criar o varal literário, que constava da apresentação de poemas em forma de varal, em diferentes locais da cidade – idéia imitada depois em outros estados brasileiros. Foi presidente da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, criou o Movimento de Ação do Livro (volumes que circulam de mão em mão), dirigiu a seção catarinense da União Brasileira de Escritores e desde 1991 é diretor da EdUFSC, que tornou uma das mais ativas editorias universitárias do País.
Obras publicadas: Círculo quadrado (1970), O bolso ou a vida? (1971), Ahsim (1976), O homem e a mulher (1980), Cobra Norato e a especificidade da linguagem poética (1982), O homem sem o homem (1982), Antologia do varal literário (Org. 1983), Sete pavios no ar (1985), Pessoa que finge a dor (1985), Segunda pessoa (1987), Transação (1988), A poesia do ABC (infantil, 1989), O professor é um poeta (Org., 1989), Contemplação do amor – vinte anos de poesia escolhida (1991), Natural, afetivo, frágil (1992), Nenhum milagre (1993), Sinais/Sentidos (1995) Cinza de Fênix e três elegias (1999) Pomar de palavras (infantil, 2000), Contemplação do amor – trinta anos de poesia escolhida (2002) e Cadernos da Noite (2004).
PÓS-MODERNO
© ALCIDES BUSS
O que falta dizer
depois do adeus?
A alma, qual roseira
no deserto, reconhece
a algema de sal
que prende o algoz
a si próprio.
Um resíduo de luz
assinala um desejo,
a flâmula dum erro,
um frêmito
nas cordas vocais.
Eu, tu, nós:
rumamos para onde menos dói
estar na esteira dos fatos.
Se pudéssemos, lentamente
deixaríamos tudo como era
e lembraríamos as coisas
como quem adormece.
3 Comentários:
Nossa! Que poema bonito! Parabéns Alcides. um abraço Regina
Não à toa, é um de nossos melhores poetas, se não o melhor! poesia que arrebata a gente...
não à toa é um dos nossos melhores poetas... se não o melhor! poesia que arrebata a alma da gente...
beijo!
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