NELSON LOPES DE FIGUEIREDO — nasceu em Campinas, bairro de Goiânia, em 07/01/44, e reside em Goiânia. Concluiu os estudos primários e secundários em Campinas, onde desenvolveu ativa participação na vida cultural e político-estudantil. Foi fundador e Presidente da Biblioteca Literária Social – BLS. Dedicou-se à advocacia e ao magistério, tendo exercido o magistério superior na Universidade Federal de Goiás, onde lecionou a disciplina Direito Administrativo por mais de 20 anos. Fundador e primeiro Presidente do Instituto Goiano de Direito Administrativo – IDAG, entidade da qual é atualmente Presidente de Honra. É membro da UBE/GO e sócio fundador da Academia Goiana de Direito, entidade que presidiu no biênio 2002/2004. Publicou trabalhos jurídicos em revistas especializadas (Boletim de Licitações e Contratos da editora NDJ, editora Zênite, site jusnavegandi) e literários (contos e poesias) em jornais da Capital. Estudioso de problemas políticos e jurídico-administrativos, tem proferido palestras, conferências, participado de seminários, debates e congressos, além de haver publicado artigos sobre esses assuntos em “O Popular”, “Diário da Manhã” e “O Estado de São Paulo”. Publicou os seguintes livros: “Sonhos e Esporas” – poesias, 1980; “Resistência Armada” – poesias; 1991; “Verbo Peregrino” – poesias – 2006. Dedica-se, atualmente, à advocacia na área de direito público e à poesia, sua antiga paixão.
QUIMERAS DO MEDO
© NELSON LOPES DE FIGUEIREDO
Você me pede que espere
não esqueça, a liberdade virá
(numa esfera indefinida,
incerto e tênue oxalá)
Bruscamente transformando
Alquimista do arremedo
pesquiso na entranha das sombras
a bisonha reação
dessa espera medonha
(além de medo e fantasia
covardia e titubeio
o que mais misturar?)
Com quantos metros de incerteza
se mede um esperar?
Como esperar, enfim
quando quem espera
nem sabe a cor das flores
que farão a primavera?
Quando se quer uma coisa
posta ao alcance da mão
o que é o esperar?
Recolher a mão ao bolso
ou o querer desligar?
Por que envelhecer nos dedos
o impulso desse tato?
E se recolho o braço
quem vai aguar meus jardins?
E se desligo o querer e diminuo
o passo
findo o compasso da espera
quem, onde, como e quando
despertará meu coração por mim?
(Do livro “Sonhos e Esporas” - 1980)
1 Comentários:
Feliz em estar aqui deliciando-me com ótimas leituras. Lindo poema!
Beijo.
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