POETAS DO BRASIL

Blog para divulgar poetas brasileiros e estrangeiros que têm participado das atividades do Congresso Brasileiro de Poesia, realizado anualmente na cidade de Bento Gonçalves/RS, sempre na primeira semana de outubro

segunda-feira, março 03, 2008

BERNARDETHE GHIDINI ZARDO — Bernardethe Pierina Ghidini Zardo nasceu em Nova Prata/RS, filha de Arthur e da poeta Ophélia Sander Ghidini. Casada com Remos Vitório Zardo (in memoriam) com quem teve dois filhos: Alessandro e Rodrigo. Graduou-se em Educação Artística pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). Cursou pós-graduação em Folclore na Faculdade de Música Palestrina de Porto Alegre, e em Filosofia Prática na UCS.
Profissional da área da educação artística, com 30 anos de experiência nas áreas de alfabetização para 1º e 2º graus e educação para adultos, agregou estudos à postular, de forma ativa e dinâmica, práticas diferenciadas e fundamentações sobre o processo de construção do conhecimento na Educação — Formação do Sujeito e suas Interatividades no Social. Impulso este, sempre renovado, culminando, nos últimos sete anos, em engajamento e aprofundamento científico-filosófico nas áreas da Filosofia, Estética, Poética, Literária, pelo resgate do ser humano pelo paradigma ético-estético, transformadores da alma humana, sob um prisma a ser integrado.
Integrante da Academia Caxiense de Letras, onde ocupa a cadeira 31, participou da “Antologia da Festa da Uva” (2002), do Caderno Literário “Pai” (2004). Criou diversas capas de livros e participou de exposições coletivas de arte.


O DIA SE FEZ BORBOLETA

© BERNARDETHE GHIDINI ZARDO
Sarah cochicha com as florinhas
no seu secreto jardim,
um palácio de imagens mutantes
sem paredes de vidro, sem flores de cetim.

Corre atrás da borboleta amarela
que corre atrás da queixosa flor
saudando o tempo grisalho
as duas correm atrás do amor.

Brincam de esconde-esconde
abrindo passagem na rica flora
encontram-se ao meio-dia
quando se abrem as onze-horas.


Onze horas de amor
no meio do dia sem sombras
mil desoras espalhadas
vestem o corpo da alfombra.

As horas mortas renascem
no jardim das sempre-vivas
alimentando a borboleta amarela
o perfume da flor cativa.

Sarah sente-se viva
correndo atrás das borboletas
longe dos grilos falantes
correndo atrás da sua mágica luneta.

Parece seu olho sair do corpo
quando olha o jardim através da luneta
vê seu retrato na flor do tempo
com cerúlas asas de borboleta.

O que sabe não mais sabe
diante da natureza que o belo cria,
onde se arrasta a lagarta
nascem flores todos os dias.

Silenciosa linguagem desperta
a alma dos seres alados
viajando pela noite dos tempos
Sarah carrega todos os fados.

O dia se fez borboleta
para que a noite possa ser bela,
uma noite cheia de estrelas
é um jardim de borboletas amarelas.

1 Comentários:

Blogger ANDREA VERTERA POETISA ALUCINADA disse...

POEMA DE UM POETA

O poema de um, poeta gera na certa.
A intuição que flui, do além a quem convém.
Se para o poeta não tem o menor sentido
Se não estivesse escrito, no livro o poema maior.
Que saíra de teu suor,
Seja já invalidez
Ficar num mundo obscuro
Tirando do mundo, o direito de recordar.
Fazendo a poesia, falar.
O, que no fundo da alma.
Vinha há tempos, se calar.
Parar de fluir na escrita, de um poeta.
É encontrar a morte, deste mundo na certa.


É por este motivo que mais uma vez venho lhes parabenizar vocês Poetas do Brasil
De Andrea Vertéra Poetiza Alucinada

11:44 PM  

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