ROGÉRIO SANTOS — (por ele mesmo) “Sou paulistano da gema, quase quarenta anos de idade; muito bem vividos por sinal.
Normal numa cidade desse tamanho, entre tantos e tantos habitantes, com tantas e tantas manias, que alguns deles se ocupem de coletar coisas que acham por aí.
Pois me acho nesse estado; um coletor de poesia, entre tantos e tantos coletores de tantas coisas que se perdem, que se acham, numa megacidade.
É uma função que não remunera, mas dá muito prazer, e prazer vicia.
Certamente não serei reconhecido nas ruas e nem terei direito a caixinhas de final de ano.
Agora, é coisa séria, e exige muita paixão.
Fazer esse tipo de leitura do espaço onde se vive é coisa de maluco mesmo. Quem me vê, nem acha. Não tem hora nem lugar. Às vezes tenho que parar o carro no meio do trânsito e anotar aquela frase essencial que descobri, onde der; numa nota de um real, no telefone celular, na palma da mão. É matéria prima, se deixar, vem outro e pega para si, apaga os vestígios.
Vez por outra trombo com algum camarada que coleta sons, acordes e coisas do gênero.
E daí, papo vai, papo vem; uma martelada aqui, uma lixada ali, aprontamos uma canção.
Soul da cidade de São Paulo.”
Normal numa cidade desse tamanho, entre tantos e tantos habitantes, com tantas e tantas manias, que alguns deles se ocupem de coletar coisas que acham por aí.
Pois me acho nesse estado; um coletor de poesia, entre tantos e tantos coletores de tantas coisas que se perdem, que se acham, numa megacidade.
É uma função que não remunera, mas dá muito prazer, e prazer vicia.
Certamente não serei reconhecido nas ruas e nem terei direito a caixinhas de final de ano.
Agora, é coisa séria, e exige muita paixão.
Fazer esse tipo de leitura do espaço onde se vive é coisa de maluco mesmo. Quem me vê, nem acha. Não tem hora nem lugar. Às vezes tenho que parar o carro no meio do trânsito e anotar aquela frase essencial que descobri, onde der; numa nota de um real, no telefone celular, na palma da mão. É matéria prima, se deixar, vem outro e pega para si, apaga os vestígios.
Vez por outra trombo com algum camarada que coleta sons, acordes e coisas do gênero.
E daí, papo vai, papo vem; uma martelada aqui, uma lixada ali, aprontamos uma canção.
Soul da cidade de São Paulo.”
CAIS DOS OLHOS
© ROGÉRIO SANTOS
mais um janeiro transcende sonhos
uma janela entre o mar e o horizonte
traz um lindo quadro: - o cais dos olhos
miro um farol de azul roubado
entre estrelas de brilhar
relampejando no lusco-fusco
mandando aqueles sinais, colorido tom
nesse compasso de pleno encanto
trouxe o tempo de sonhar
e iluminar a todo cais com meu amor
verão e flor por teu olhar
a qualquer tempo enquadro
vou velejando pelo teu corpo
versejo mar de águas claras
sem ter pressa de chegar
para rimar constelação, céu
uma aquarela em minhas mãos
sem te tirar nem por
pintura viva na retina
exorciza os meus medos
manias, receios, anseios
eu só quero ter o brilho de um barco
ancorando em teu cais
solto pelos mares de te amar
Um lindo quadro
: o cais dos olhos
Por todo tempo de te amar
2 Comentários:
Por mares nunca antes navegados. Beijos Rogério
Maravilhoso! Por mares nunca antes navegados... Beijos Rogério.
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