OSCAR BERTHOLDO — nasceu no ano de 1935, em Nova Roma do Sul, e foi assassinado durante um assalto a sua residência, em fevereiro de 1991. Considerado a voz mais expressiva da poesia da Serra Gaúcha e um dos maiores poetas contemporâneos do Rio Grande do Sul, estreou em livro participando da antologia “Matrícula” (1967). Foi a primeira vez que um livro de poesia editado no interior do estado gaúcho recebeu espaço nas páginas dos jornais da capital. Depois publicou: “As Cordas” (168), “O Guardião das Vinhas” (1970), “A Colheita Comum” (1971), “Poemimprovisos” (vencedor do prêmio do Instituto Estadual do Livro/1973), “Lugar” (vencedor do I Concurso Nacional de Literatura da Caixa Econômica de Goiás/1974), “Vinte e Quatro Poemas” (1977), “Árvore & Tempo de Assoalho” (1980), “Informes de Ofício e Outras Novidades” (1982), “Canto de Amor a Farroupilha” (1985), “C’Antigas” (1986) e “Momentos de Intimidade”. Participou de inúmeras antologias, entre elas: “Histórias de Vinho”, “Vinho dá Poesia”, “Arte & Poesia” e “Poetas Contemporâneos Brasileiros – Volume 1”, esta a primeira antologia publicada pelo Congresso Brasileiro de Poesia.
Após sua morte foram publicados: “Amadas Raízes”, “Poemas Avulsos”, “Boca Chiusa” e “Molho de Chaves”, além de poemas nas seguintes antologias: “Poeta Mostra a Tua Cara – Volume 4”, “Medida Provisória 161”, “Poesía de Brasil – Volumen 1”, “Poesía Brasileña para el Nuevo Milenio”, “Poésie Du Brésil – volume 1” e “Poesia do Brasil – volume 1”, livro que inaugurou a série de antologias oficiais do Congresso Brasileiro de Poesia.
Além dos prêmios do Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul e da Caixa Econômica de Goiás, obteve ainda dois segundos lugares em importantes concursos literários: no “II Concurso Nacional de Poesia Sobre o Vinho” e “Prêmio Master de Literatura/1986”.
Foi um dos maiores incentivadores do movimento cultural da Serra Gaúcha, exercendo forte influência em todos os movimentos literários surgidos entre os anos 1960 e 1990. Teve decisiva participação na criação do Congresso Brasileiro de Poesia, do qual foi uma das grandes atrações em sua primeira edição, vindo a ser assassinado poucos meses antes da realização do segundo evento.
Após sua morte foram publicados: “Amadas Raízes”, “Poemas Avulsos”, “Boca Chiusa” e “Molho de Chaves”, além de poemas nas seguintes antologias: “Poeta Mostra a Tua Cara – Volume 4”, “Medida Provisória 161”, “Poesía de Brasil – Volumen 1”, “Poesía Brasileña para el Nuevo Milenio”, “Poésie Du Brésil – volume 1” e “Poesia do Brasil – volume 1”, livro que inaugurou a série de antologias oficiais do Congresso Brasileiro de Poesia.
Além dos prêmios do Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul e da Caixa Econômica de Goiás, obteve ainda dois segundos lugares em importantes concursos literários: no “II Concurso Nacional de Poesia Sobre o Vinho” e “Prêmio Master de Literatura/1986”.
Foi um dos maiores incentivadores do movimento cultural da Serra Gaúcha, exercendo forte influência em todos os movimentos literários surgidos entre os anos 1960 e 1990. Teve decisiva participação na criação do Congresso Brasileiro de Poesia, do qual foi uma das grandes atrações em sua primeira edição, vindo a ser assassinado poucos meses antes da realização do segundo evento.
TENTAÇÃO 26
© OSCAR BERTHOLDO
1935 – 1991
Nasce este poema, de joelhos.
Sou o que busca
porto de
ancorar.
é tão simples estar de joelhos
longe de todos e
ver no tempo o próprio rosto desfeito
e nele todos os dias
com seus cansados desejos
com os renovados desejos
sob o peso constante
de Deus.
Ando para o múltiplo
vale com sede de tudo
e chego sabendo
que não poderei criar
outro corpo, igual ao meu
outra carne, semelhante à minha
(meu nome será
herdado por ninguém)
Ninguém soletrará
um dia os sons do meu nome
ninguém para me amaldiçoar
ninguém para me perdoar
ninguém para me dizer
que meu sangue foi semente... e
germinei nos campos de batalha
onde arranquei as raízes
dos mais úteis possíveis
pelo valor da mensagem
que eu carrego nas mãos
sem a menor malícia,
com os lábios tintos de humildade.
Ando para a lembrança
com sede de tudo
(ninguém para herdar
o meu nome)
ando continuamente
— um dia será ouvida
a minha canção.
2 Comentários:
Confesso a minha ignorancia. Não conhecia este poeta, mas gostei do que li. Lírico, bem ritmado, como dizia o mestre Bandeira " só quem o poeta tem a chave do poema" mas neste caso, ele nos abriu um pouco a porta. Abç
Este é o eterna dualidade da nossa caminhada...
Um abraço da sonhadora
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