JAIRO DE BRITTO — Filho de mãe pernambucana e pai carioca, nasceu em Vitória (ES) em 1952. É jornalista há 35 anos. Foi aluno dos cursos de Letras, da Universidade Federal do Espírito (Ufes), e Psicologia da Universidade "São Judas Tadeu" (USJT), em São Paulo. Fez vários cursos breves, sobre editoração e áreas afins, na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), e de extensão na University of California at Los Angeles (UCLA). Na década de 70, foi professor de Inglês e Português para Estrangeiros em institutos de línguas.
Desde 1970, publica poemas, crônicas e contos em jornais, suplementos literários e revistas de vários Estados. Seus poemas estão em antologias lançadas no ES, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em Vitória lançou, em 1978, a revista "Sim", pioneira na veiculação exclusiva de Poesia e Ficção em seu Estado. Foi um dos fundadores e primeiro presidente da Associação Capixaba Escritores. Integrou a equipe responsável pela implantação da TV Educativa no ES, como produtor e apresentador.
Os poemas constantes desta antologia, que ele dedica à memória dos seus pais, Claudionor de Britto e Natalina Morais, e aos seus filhos Arthur Ruy de Britto e Leonardo Ramon de Britto, são do livro inédito "Dunas de Marfim".
CIGANOS NA GIRA
© JAIRO DE BRITTO
Cartas, braceletes de prata,
com planos de fundo reais.
Carros e igrejas,
com vitrais a prumo,
desenham meus dias
de abismos desertos.
Cartas, argolas de ouro,
cavalos com adornos de cobre.
Carros e tendas, com fitas
e velas de cores tantas,
povoam minhas noites
de ciganos despertos.
Cartas, cordas e colares,
com anos e aros de contas azuis,
habitam minhas noites
de sonoras fogueiras.
Cofres e arcas, moedas,
arco-íris e sonhos,
refletem meus pares
de planos diversos.
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