MÔNICA DE AQUINO — nasceu em Belo Horizonte, em 1979. Sístole, seu primeiro livro, foi lançado em junho de 2005 pela editora carioca Bem-te-vi, e faz parte da coleção Canto do Bem-te-vi. No mesmo ano, foi convidada para integrar a antologia O Achamento de Portugal, organizada pelo poeta Wilmar Silva e publicada pela Anome em parceria com a Fundação Camões. Participou, também, da antologia catalã Panamericana, poetas americanas nascidas a partir de 1976, organizada pelo poeta espanhol Joan Navarro e publicada na revista eletrônica sèrieAlfa em 2006. Já teve poemas publicados em páginas eletrônicas do Brasil e do exterior e em periódicos como o Suplemento Literário de Minas Gerais e a revista Poesia Sempre, da Biblioteca Nacional. Participou de vários eventos apresentando seus poemas, dentre eles O Terças Poéticas, realizado pela Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, a Primavera dos Livros em São Paulo e a Feira do Livro de Porto Alegre. Sua participação no projeto Terças Poéticas foi a estréia de um sarau acompanhado por percussão, e apresentado depois em outros eventos, e em bares e cafés.
Contato: monicadeaquino@gmail.com
Contato: monicadeaquino@gmail.com
Sempre o mesmo movimento
sobre o lago de espelho
a mesma nota
de cor
a volta a esmo
ao redor de si
o mesmo si
lá sol –
giro agudo
corpo extremo.
São os teus dedos
que põem a bailarina
de pé
ao som do mínimo
ruído
do talvez.
A bailarina, não vês.
Os teus sentidos só sabem
o ventre da engrenagem.
Sob a túnica, a caixa
já desliza uma falha
no compasso bate-estaca
o sangue
urgente bate
escapa
e a bailarina
roda roda
O coração,
à corda
caixa de música
contra o espelho
caixa preta
ao avesso.
E a bailarina, esticada
roda e roda
e não anseia
senão
o fundo da caixa
uma noite aveludada.
A tampa fechada.
© MÔNICA AQUINO
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