SERGIO NAPP — nascido em Giruá/RS em 03.07.39, é engenheiro civil, escritor e letrista. Premiado em festivais de música no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, tem mais de cem trabalhos gravados por artistas locais, nacionais e internacionais, sendo autor de um dos clássicos do regionalismo gaúcho, Desgarrados, em parceria com Mário Bárbara. Foi Diretor da Casa de Cultura Mario Quintana entre 1987/1991, 1997/1998 e 2003/2007, tendo coordenado a equipe encarregada da reciclagem total do prédio. Premiado em diversos concursos literários (Porto Alegre/RS, com Lua pequena/poesia; Pelotas/RS, com Fábio/conto; Uberaba/MG, com Gilian/conto; e Toledo/PR), com José/conto), possui cincos títulos editados pela Editora Tchê! : “Quintais da madrugada” (poesia), “Para voar na boca da noite” (contos), “A construção da casa” (poesia), “Jogo de circunstâncias” (novela) e “Pássaro dos dias de verão” (novela). Três títulos pela WS Editor: “Estranhos sentimentos” (contos), “A gangue dos livros” (infanto-juvenil) e “Passarinhar-se” (infantil); um pelo IEL, “águas da memória” (poesia), um pela Editora Saraiva, “delicadezas do espanto” (poesia infanto-juvenil) e, o mais recente, pela Travessa dos Editores, “caixa de guardados” (poesia). Publicado na Bacchanales no. 40/Revue de La Maison de la Poesie Rhône-Alpes/2006.
Foi Patrono da 20º. Feira do Livro de Bento Gonçalves/RS (2005). Recebeu o 1º. Troféu Palavra Viva, homenagem do SINTRAJUFE ao autor (2006).
e-mail: sergionapp@terra.com.br
Foi Patrono da 20º. Feira do Livro de Bento Gonçalves/RS (2005). Recebeu o 1º. Troféu Palavra Viva, homenagem do SINTRAJUFE ao autor (2006).
e-mail: sergionapp@terra.com.br
XII
© SERGIO NAPP
não se beija o morto
ao morto se agradece
pela vida
cerca de pedra
subitamente interrompida
não se lamenta o morto
do morto se registram
as virtudes
e o inúmeros vícios
não se culpa o morto
ao morto se perdoa
o que ficou nas entrelinhas
e os silêncios
não se julga o morto
do morto guarda-se
o último registro
carteira de identidade
um anel de pedras falsas
não se purga o morto
o morto é quadro
na parede das lembranças
saudade
que acontece em repentes
do morto não te despeças
o morto é tempo
que não te abandona
2 Comentários:
Bonito poema...
Parabéns pelo trabalho, muito bacana.
Um abraço, poeta.
obrigado amiga
beijão
BC
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