FERNANDO FÁBIO FIORESE FURTADO — nasceu em Pirapetinga, Zona da Mata de Minas Gerais, no dia 21 de março de 1963. Residindo em Juiz de Fora (MG) desde 1972. Publicou Leia, não é cartomante (1982), Exercícios de vertigem & outros poemas (1985), Ossário do mito (1990), Dançar o nome, (2000, em parceria Edimilson de Almeida Pereira e Iacyr Anderson Freitas), Corpo portátil (2002) e Dicionário mínimo: poemas em prosa (2003), todos de poesia. Como ensaísta tem editados Trem e cinema: Buster Keaton on the railroad (1998) e Murilo na cidade: os horizontes portáteis do mito (2003). Doutor em Ciência da Literatura/Semiologia pela UFRJ, atua como Professor do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Poemas, contos e ensaios de sua autoria figuram em periódicos e antologias editados no Brasil e no exterior (Argentina, Estados Unidos, Itália, Espanha e Portugal).
A CASA
© FERNANDO FÁBIO FIORESE FURTADO
na rua da Casa não passe.
o futuro será póstumo
a fachada da Casa não olhe.
os olhos serão outros
na calçada da Casa não pise.
a terra será queda
os frutos da Casa não coma.
dentro as paixões disparam
aos viventes da Casa não fale.
qualquer palavra é rendição
os cômodos da Casa não visite.
os gatos enlouquecem de tanta beleza
na Casa eu vivo.
os ausentes são minha família
(Extraído de Ossário do mito, 1990.)
1 Comentários:
olá. gostei do k li e gostava tmb k desses uma olhada no meu blog k é com poemas de minha autoria e com fotos minhas tmb.
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt
bjo
carla granja
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