ROSSYR BERNY - gaúcho de São Gabriel, reside em Porto Alegre desde 1973. É jornalista e Professor, com mestrado em Teoria da Literatura.
Dezessete livros livros de poemas publicados e o romance-histórico “Entreguem o matador à família do morto – Brasil 500 D’anos”. Neste ano publicou a antologia poética “Construtores de precipícios”, traduzida ao Francês e ao Espanhol, além dos livros “Amor tsunami” e “Vê-las à luz de velas”. Também é do grupo de poetas pioneiros do Congresso Brasileiro de Poesia, no mágico ano de 1990, quando tudo começou. Tem atuação marcante dentro da história da Casa do Poeta Riograndense.
DOS HOMENS QUE SOU
© ROSSYR BERNY
dos homens que sou
o menos humano
lambe as feridas da criança pobre
para que adormeça
dos homens que sou
o mais pacífico
faz greve de fome por liberdade
(vendado no meio do trânsito intenso)
dos homens que sou
o mais escuro
incendeia o planeta com as luzes todas
que os injustos apagaram até aqui
dos homens que sou
o mais precário
é operário de dezoito horas diárias
(mas dono das chaves da justiça final)
dos homens que sou
o menos amoroso
é todo tão teu
que será até depois
de nem eu mais ser meu
II
dos homens que ainda serei
o menos justo já arquitetaInfalível
a multiplicação dos pães e dos peixes
para que a maior vitória
seja sempre a igualdade
Entre os homens de boa vontade
1 Comentários:
O ôme é bão mêmo. Sinceramente, siô.
Parabens, vivente!
Pacard
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial