ANA PAULA PEDRO - Paulista, residente na cidade do Rio de Janeiro desde 1998, é atriz, psicóloga e poeta. Já participou de diversos eventos poéticos como: “Ponte de Versos”, de Thereza C. R. Motta, Ricardo Ruiz e Gilson Maurity, “Quarta Capa”, de Jiddu Saldanha, “República dos Poetas”, de Ricardo Ruiz, “Poemashow”, de Tavinho Paes e Ricardo Ruiz, “Segundas com Arte”, de Tanussi Cardoso, “Terça ConVerso no Café”, do grupo Poesia Simplesmente, “Circuito das Artes do Jardim Botânico”, alem, é claro, do Congresso Brasileiro de Poesia. Vencedora do prêmio “Poesia Simplesmente” no Festival Carioca de Poesia 2002.
MULHER
© ANA PAULA PEDRO
Para minha mãe, Inabel
Fruto sempre virgem,
Com agridoce sabor,
faz salivar os deuses.
As castas, as emudecidas
as profundas e profanas.
Como saber de que cor, que cheiro e sabor
podem estas deusas nos envenenar ?
Bruxas! Tiranas!
Heroínas que tecem, enrugadas fúrias,
o seco salivar do gozo dos homens.
Diletos...
São abelhas rainha, são operárias,
são lobas, também cachorras.
São zangões.
Lamaçal
ar e terra.
São mães e suicidas,
carentes e envaidecidas horas passam
São memórias, são água estas cegas.
São sozinhas,
quanto mais põem homens no mundo.
São fogos e desejam
como desejei um dia,
Renascer mulher.
2 Comentários:
Parabens, Ademir, pelo excelente espaço. Estarei linkando nos Blogs Poéticos do meu Guia de Poesia.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br
Belíssima!
:)
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