MAYRA COELHO — Natural de Santa Rosa ( RS ), formada em sociologia, empresária, cronista, contista e poeta.
Obteve o primeiro lugar no Festival Nacional de Música, Poesia e Contos de Paranavaí (1998), na categoria poesia. Em 1999, primeiro lugar na categoria conto e terceiro lugar na categoria poesia, no mesmo festival. No ano de 2005, com o poema “ In extremis”, foi um dos trinta classificados no Prêmio Poemas no Ônibus, em Porto Alegre.
“Abriria mão de quase tudo, menos de poetar. A poesia é minha libertação, e minha danação, a um só tempo. A ligação vital entre meu mundo interior e meus semelhantes, minha maneira de afirmar que, mesmo no caos dos enfrentamentos cotidianos, é possível emocionar-se, amar, e sermos pessoas.
Ao poeta é permitido sonhar, embriagar-se de vida, e até enlouquecer. Ao poeta, porém, é proibido calar”.
Obteve o primeiro lugar no Festival Nacional de Música, Poesia e Contos de Paranavaí (1998), na categoria poesia. Em 1999, primeiro lugar na categoria conto e terceiro lugar na categoria poesia, no mesmo festival. No ano de 2005, com o poema “ In extremis”, foi um dos trinta classificados no Prêmio Poemas no Ônibus, em Porto Alegre.
“Abriria mão de quase tudo, menos de poetar. A poesia é minha libertação, e minha danação, a um só tempo. A ligação vital entre meu mundo interior e meus semelhantes, minha maneira de afirmar que, mesmo no caos dos enfrentamentos cotidianos, é possível emocionar-se, amar, e sermos pessoas.
Ao poeta é permitido sonhar, embriagar-se de vida, e até enlouquecer. Ao poeta, porém, é proibido calar”.
PARA TOCAR-TE
© MAYRA COELHO
Para tocar-te, faço-me ave em vôo silencioso,
para além do mar, para além de mim,
e pouso.
Antes, no beiral da tua janela,
entre o vaso de gerânio e a paisagem.
Depois, num sopro a acordar teu corpo,
roço teu peito, tua nuca, tuas costas,
e te percorro,
pele, pêlos, cheiros.
Minha umidade matando tua sede,
teu desejo marcando minha carne.
Minha língua cala tua boca
bebendo teu espanto.
Digo teu nome e resvalo pela tua carícia,
conduzindo a urgência de tuas mãos
pelos atalhos antes do destino.
A lascívia emudecendo a dama,
a libertina gemendo em tua cama.
Beijo teus olhos,
lavo tua face,
e no desatino, buscando tua posse,
rogo pelo gozo que te fará meu dono.
Tua voz me aquieta e aponta a rota para a calmaria.
Assim entregues,
enlaçadas nossas almas, unidos nossos corpos,
voamos juntos para além do mar,
para o silêncio, para a redenção.
4 Comentários:
Oi Mayra,
Foi bom visitar este site. Abraços
Elysio
Sempre ótimo lê-la, e cada vez melhor.
um abraço!!!
Antonio
Lindíssima sua poesia, parabéns
Beijos
Marcia Pugliessa
Maravilha! Encantada com sua sensibilidade e maestria.
Gostei imenso do seu jeito de poetar.
Deixou-me com gostinho de quero mais...rsrs
Beijo
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