
A família é a célula mãe de uma nação. Tem uma irmã que praticamente adotou como filha, uma sobrinha que acolheu em seu coração e uma neta que o faz virar criança... Além da poesia ou prosa, tem o dom da pintura, da fotografia, e artesanalmente faz réplicas de móveis em miniaturas. Tem uma grande coleção de miniaturas trazidas do mundo inteiro por amigos e parentes. Classificado e premiado nas três modalidades das artes, participando em várias antologias nacionais. Tem um livro feito artesanalmente com o título “ Sonho de Luz”, sobre a França, (que tem o sonho em conhecer) com 45 estrofes sobre aquele país e todo ilustrado, recebendo elogios do Consul da França em Curitiba e do Embaixador da França no Brasil.
APENAS UMA PLUMA
© PAULO WALBACH PRESTES
Sou apenas uma pluma carregada pelo vento;
vou vivendo a minha vida, por aqui ou acolá,
sem morada, sem família e sem ninguém.
Sou apenas uma pluma, desgarrada de meu sabiá...
Não tenho asas, não tenho canto,
não tenho vida, só tenho encanto.
Sou suave, leve solta eu sou,
Sem presa, sem saber para onde vou.
Sou apenas uma pluma do meu sabiá,
que voava e cantava pra viver...
Mas, um dia, triste dia aconteceu:
Uma pedra, dura pedra o abateu.
E soltei-me da plumagem de seu peito,
e do sopro derradeiro, eu voei...
Sou a pluma separada do meu ser,
que morreu, sem saber do meu viver!
Minha vida se é vida, feito assim...
Pouco dela sei, pouco sei de mim.
Pois eu vivo, se o sopro me soprar,
se a brisa ou se o vento me levar.
Mas um dia, a sorte me pegou
pelo vôo de um pássaro de acolá,
carregando-me pelo bico familiar:
Era o bico da mulher do meu sabiá.
De uma vida com passado, sem futuro,
transmutada de um dia para cá...
Do nada, quase nada, virei ninho
da ninhada dos filhotes do meu sabiá!
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